quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Nosso Sonho

Este post é dedicado a esta menina que está a passar por um dos momentos mais difíceis desta caminhada.




Um beijinho muito grande para ela!

Os dados estão lançados...

Mais uma vez os dados estão lançados.

A temperatura basal já subiu, os treinos aconteceram nos dias certos, tudo correu como devia ser com direito a repouso, pernas ao ar e tudi, tudi, tudi...

Agora, como tantas vezes antes, só nos resta esperar.

Quinze loooongos dias, até ao veredicto final.

É engraçado como a noção do tempo é subjectiva.

Em cada mês parece que os dias passam muito lentamente numa espera constante pela próxima fase: esperar pelo período fértil, esperar pela menstruação, período fértil, menstruação, período fértil...

E cada dia demooora, principalmente a espera após a ovulação.

"Será que já devia ter vindo? Estará atrasado? Não, ainda não está na hora! Mas no mês passado por esta altura já tinha spoting... Será? Hoje fui mais vezes fazer xixi do que o costume... Será? Acho que estou um bocadinho enjoada... Não sejas ridícula ainda é cedo para enjoos! Será?"

E depois, no dia certinho, sem qualquer atraso, pontual como um relógio, lá aparece ele, destruindo todas as expectativas.

Por outro lado, apesar de os dias serem longos, os meses e anos passam a correr! 35 anos, já?! Mas como? Ainda ontem comecei a tentar e tinha 32!

E o relógio biológico não pára e anda a uma velocidade vertiginosa!

Tic-tac, tic-tac...


sábado, 20 de outubro de 2012

Programa sobre PMA

Grrrr! Parece que a Sic Mulher me trocou as voltas e qundo eu já estava sentadinha no sofá à espera deste programa, aparece-me um sobre a ModaLisboa! Fiquei danada!

Fui ao site da Sic Mulher ver o que se passava e pelo que descobri, as emissões do programa "Retratos da Saúde" que estavam a passar aos sábados eram já uma repetição de edições passadas e terminaram justamente hoje, que ia dar o que me interessava...

Bem, mas pesquisas e mais pesquisas lá encontrei um vídeo do programa original que iria repetir hoje e para me redimir de ter dado falso alarme ao anunciar o programa em questão cá fica o video que passou na Sic Mulher:

 http://sicmulher.sapo.pt/skins/sicmul/gfx/jwplayer/player.swf
" type="application/x-shockwave-flash" />



Se por acaso o vídeo não funcionar aqui (que eu não sou lá muito boa com isto dos blogs) aqui fica o link:


http://sicmulher.sapo.pt/programas/Retratos_de_Sa_de/2012/07/22/infertilidade---programa-de-21-de-julho

Desculpem, meninas mas também me enganaram...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PMA

Não tenho tido muito tempo para vir cá porque ando envolvida em alguns projectos novos, mas não queria deixar de informar que amanhã, dia 20 de Outubro, o programa Retratos da Saúde, na Sic Mulher vai ser sobre PMA.
 
É por volta das 19h30.
 
 
 
Entretanto continuo nos treinos...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Feito!

Já está! Todos os exames despachados.
 
Afinal sempre fiz a ecografia no dia previsto. Quando cheguei lá falei com a rececionista e perguntei-lhe se era preciso adiar o exame, uma vez que estava no 3º dia do ciclo. Ela foi confirmar com a médica, que veio falar comigo. Disse-me que por ela não havia inconveniente, mas se, por uma questão de conforto, eu quisesse adiar não havia problema.
 
A médica era uma simpatia, muito atenciosa, e como eu ao 3º dia já praticamente não tenho nada que se veja, decidi aproveitar para fazer.
 
E ainda bem, porque correu tudo bem, sem "acidentes", acho que se eu não tivesse dito nada ela nem se apercebia...
 
Resultado:
O quisto desapareceu totalmente (yuppii!) e os ovários estão normais. Mas em contrapartida tenho um mioma no útero (raios!#$), embora, pelas palavras da médica "muito pequenino e sem importância nenhuma". Pois, mas eu preferia que ele não estivesse lá, claro!
 
Quanto às análises, esperamos 2 horas e meia (!) numa sala minúscula completamente lotada! Pensei que morria! Tudo por uma boa causa... Valeu-me uma valente dor de cabeça para o resto do dia.
 
Pelo menos uma boa coisa no meio de tudo: nunca nos pediram taxas moderadoras. Sei que há hospitais que não respeitam o facto de os casais a fazerem PMA estarem isentos destas taxas, mas o nosso não é (felizmente) um desses.
 
Agora é só aguardar pelo dia da consulta, a 29 deste mês.
 
E até lá aproveitar mais um ciclo de treinos intensos! ;-)


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ciclos

Hoje estou assim mais para o desanimado.
 
Depois do otimismo de ontem, não é que o malvado Red resolveu dar o ar de sua graça?
 
Para além da desilusão óbvia mensal a que (infelizmente) já me estou a acostumar, fiquei ainda mais danada porque na próxima sexta-feira já não vou poder fazer a ecografia endovaginal que tinha marcado... Vou ter que a remarcar e tenho medo que me digam que já não fica pronta a tempo da consulta e que esta terá que ser adiada. É que só me faltava essa!
 
Bolas, estava tudo a correr tão bem e agora isto!
 
Para além disso hoje estou no 20º dia do ciclo, ou seja, este ciclo foi curtíssimo, nunca tal me tinha acontecido. Os meus ciclos costumam ser bastante típicos, entre os 27 e os 29 dias. Agora um de 20 dias?! O que significará isto? Já estou com a cabecinha a dar voltas, claro.
 
Bem, só me resta tentar agendar a nova eco para o mais breve possível e esperar que fique pronta a tempo da consulta.
 
Lá vamos nós: mais uma voltinha, mais uma rodada...
 
 
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Acordares...


Hoje acordei assim! E soube-me tão bem...

O M. saiu cedo para o trabalho e eu fiquei mais um bocadinho a dormir descansar pois tinha o dia de folga(vantagens de trabalhar aos fins-de-semana). Quando voltei a acordar estava mais ou menos nestas figuras.

Foi bom, porque tinha tido pesadelos e a presença calma dela ao meu lado foi reconfortante.

Claro que o M.não pode saber disto (fica tudo cheio de pêlos e blá, blá blá), mas uma vez não são vezes, não é? E está um dia tão chuvoso lá fora que só apetece mesmo ficar aconchegadinha na cama.


Mas não pode ser, que há muitos afazeres à espera (os dias de folga são muitas vezes mais atarefados que os de trabalho), por isso toca a espreguiçar e enfrentar a loucura do dia-a-dia!


Apesar da chuva, hoje acordei cheia de energia e tenho a certeza que:


 Today will be a good day!

Carta aberta

Ainda a propósito deste tema, encontrei hoje um texto que espelha fielmente o que sinto a este respeito.

O texto é longo e vou apenas transcrever algumas passagens que me tocaram mais, mas podem lê-lo na íntegra na casa desta menina:


Carta de uma mulher infértil ao mundo

"(...) Todas estas barreiras para engravidar são físicas ou fisiológicas, não são portanto barreiras psicológicas. As trompas não se bloqueiam porque a mulher está "muito ansiosa" para engravidar. Quando existem anticorpos na mulher que matam o esperma do marido, por exemplo, eles não desaparecem se a mulher relaxar. E um homem também não pode fazer com que o seu esperma se mova mais depressa apenas com uma atitude optimista. (...)
Quando alguém de quem gostamos tem um problema, é natural tentarmos ajudar. Se não houver nada de específico que possamos fazer, tentamos pelo menos dar um conselho. Muitas vezes utilizamos as nossas experiências pessoais ou casos que envolvam outras pessoas que conhecemos: recordas-te de uma amiga que tinha problemas para ficar grávida e que essa amiga conseguiu só porque foi com o marido de férias para uma ilha tropical. Por isso achas que faz sentido sugerir a (...) para meter também férias com o marido…
A(...) aprecia o teu conselho, mas a sugestão não lhe serve de grande coisa, porque o problema tem uma origem física. Pior ainda: a tua sugestão deixa-a mais magoada. Muito provavelmente já outras pessoas lhe disseram isso imensas vezes. Imagina como é frustrante ela ter de ouvir que outros casais engravidaram "magicamente" durante umas férias, simplesmente fazendo amor. Repara que a(...) está no meio de tratamentos de fertilidade. Nestas circunstâncias, fazer amor e conceber um filho não são coisas muito relacionadas uma com a outra. Nem imaginas quanto é difícil estar a tentar conseguir um bebé e quanto é desanimador sentir que no final de cada mês se voltou a falhar.
O teu conselho bem-intencionado é um esforço para transformares um problema extremamente complicado num problema demasiadamente simplificado. Ao simplificares o problema desta maneira, retiras importância ao que ela sente, menosprezando as suas emoções. E ela sente-se obviamente aborrecida e chateada contigo nestas circunstâncias.
A verdade é que não há nada de concreto que possas fazer para a ajudar. A melhor ajuda que podes dar é a tua compreensão e apoio. É mais fácil apoiá-la se souberes como pode ser devastadora a incapacidade de ter um bebé. (...)
Apesar das esperanças que estas técnicas oferecem, são um "osso difícil de roer". Alguns procedimentos de alta tecnologia só existem em certas clínicas e isso pode obrigar a (...) a viajar grandes distâncias. Quando o tratamento está disponível por perto, ela tem de suportar as visitas regulares ao médico, aplicar injecções diariamente, compatibilizar o trabalho e a vida social com esses procedimentos e ainda gastar consideráveis somas de dinheiro. Tudo isto é acompanhado por uma série de exames embaraçosos e muitas vezes dolorosos.
A infertilidade é uma condição médica muito pessoal, que a(...) pode não estar em condições dar a conhecer no emprego ou de partilhar com o seu patrão. Por isso às vezes inventa desculpas cada vez que o tratamento coincide com o horário de trabalho.
Depois de cada esforço médico para engravidar, a(...) tem ainda de aguentar a espera, sempre salpicada por ondas de optimismo e de pessimismo. É uma verdadeira montanha russa emocional. Não sabe se os peitos inchados são um sinal de gravidez ou um efeito secundário dos medicamentos de infertilidade. Se vê uma mancha de sangue na roupa interior, não sabe se é o embrião a implantar-se ou se é o período que está a começar. Se não engravida depois de uma tentativa “in vitro”, pode sentir que o desejo de um bebé morreu mais um pouco.
Ela tenta viver com este tumulto emocional. Se a convidam para uma festa de boas vindas ao bebé de uma amiga, se a convidam para um baptizado, se sabe que uma amiga ou colega está grávida, se um dia lê uma história de um recém nascido abandonado, podes imaginar a angústia e a raiva que ela sente com as injustiças da vida! (...)
Num jantar alguém pergunta há quanto tempo é casada e se já tem filhos. Nestas ocasiões sente vontade de sair a correr, mas não pode. Se ela falar sobre a sua infertilidade é provável que oiça um dos tais conselhos bem intencionados: "Relaxa, não te preocupes, quando menos esperares...", ou ainda "Tens sorte. Eu estou farta dos meus filhos, gostaria de ter a tua liberdade". Estes são comentários típicos que fazem com que ela tenha vontade de esconder-se debaixo da mesa.
Refugiar-se no trabalho e na carreira profissional nem sempre é possível. Ver cada mês que o sonho não se cumpre, pode consumir energias para avançar na carreira. E à volta as outras colegas de trabalho vão ficando todas grávidas."
 
 

domingo, 7 de outubro de 2012

Nós e os outros...

Uma das partes complicadas da infertilidade é a relação do casal com o "resto do mundo". Família, amigos, conhecidos, colegas de trabalho...

Pelo que tenho observado ao longo deste nosso percurso, há basicamente, e em linhas gerais, dois "tipos" de casais inférteis.

Há os que contam a sua história abertamente a toda a gente, partilhando com a comunidade à sua volta os altos e baixos deste duro caminho, e depois há os que optam por preservar mais a sua privacidade mantendo a sua história quase secreta.

Na minha opinião ambas as opções são válidas e acarretam os seus prós e contras.

Por um lado é libertador e menos desgastante não ter que estar constantemente a fingir que está tudo bem, poder partilhar os momentos menos bons com quem sabemos que nos quer bem e que nos pode reconfortar sempre que, mais uma vez, vemos que ainda não foi desta...

Mas por outro lado, quando toda a gente à nossa volta sabe, torna-se quase impossível tentarmos esquecer por um minuto que seja que há algo de errado connosco. Ainda que não seja por mal (e a maioria das vezes sabemos que não é) é inevitável que as outras pessoas estejam constantemente a abordar este assunto. Seja a perguntar se já conseguimos, ou com soluções milagrosas que resultaram com não sei quem, ou ainda com a famosa frase que penso que todas já ouvimos: "A não-sei-quantas também tentou muitos anos e só quando deixou de tentar é que engravidou."

Mas o que é que querem que façamos? Que deixemos de tentar para ver se resulta?! Que não pensemos mais no caso? É difícil se toda a gente nos fala no mesmo (e impossível, mesmo que ninguém fale...)
Eu compreendo que apenas queiram ajudar e compreendo também que é difícil saber o que dizer, mas por vezes é complicado ouvir dezenas de vezes os mesmos "conselhos", fazer um sorriso e dizer "Pois é, pois  é."

No nosso caso optámos inicialmente por não contar a ninguém. Para ser sincera o que queríamos mesmo era fazer uma surpresa às pessoas que nos eram mais chegadas anunciando a gravidez. Pois, mas passou um mês, outro, outro, meio ano, um ano... e tornou-se cada vez mais difícil de contar porque achávamos sempre que aconteceria no mês seguinte.

E assim, fomos ficando cada vez mais isolados, fingindo que estava tudo bem.

Depois, quase por acaso, acabámos por ir contando a algumas pessoas, curiosamente (ou não) a pessoas que não nos eram muito próximas e com quem não lidamos diariamente. Penso que foi uma espécie de mecanismo de defesa pois permitiu-nos partilhar a nossa história mas ao mesmo tempo não ter que lidar diariamente com os tais comentários de que falava.

Agora, desde que começamos a ser seguidos no hospital, fomos quase "obrigados" a contar às pessoas mais próximas, como no trabalho, porque por vezes precisamos de sair para ir a consultas ou exames, e também à família pois caso contrário teríamos que lhes mentir em várias ocasiões e também não queríamos fazer isso.

De modo que, a partir do momento que se tornou do conhecimento geral, temos sentido uma enorme pressão, que conseguíamos evitar quando ninguém sabia. No trabalho, por exemplo, eu conseguia muitas vezes abstrair-me deste problema, principalmente nos dias de maior rebuliço e só voltava a pensar nele quando chegava a casa ao fim do dia e tinha que confirmar os dias do ciclo e planear a medicação do dia seguinte. Tinha ainda a sorte de não haver grávidas nem bebés entre as minhas colegas pelo que era um tema que não era frequentemente abordado.

Agora é quase impossível passar um dia sem que alguma me venha perguntar como estão a correr as coisas ou vir com algum conselho, ou saber como correu com a médica, ou dizer para ter calma que a ansiedade é que não nos deixa engravidar... E eu sei que o fazem com carinho e por um lado estou-lhes grata por isso, mas nunca mais me consegui abstrair como fazia no início e isso faz-me falta.

Por isso é um problema para o qual penso não haver uma resposta clara e absoluta:

"Contar ou não contar, eis a questão!"

E vocês, contaram desde o início?


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Marcação dos Exames

Hoje fomos ao hospital marcar as análises e a ecografia que a Dr.ª nos passou durante consulta.

Como já tinhamos as hormonais actualizadas, a médica passou-nos só as de despiste das DST e toxoplasmose porque já não fazíamos há alguns anos, desde que planeamos tentar engravidar.

Para além das análises passou-me também uma ecografia para controlar o quisto ovárico provocado pelo Dufine.

Tenho andado um pouco preocupada porque durante este último ciclo tenho tido pequenas perdas de sangue, quase diariamente.

Desconfio que o quisto deve ter rebentado. Pelo menos espero que seja isso e não algo mais grave...

De qualquer forma os exames ficaram marcados para a próxima sexta-feira por isso acho que já vou ficar mais esclarecida.

Até lá, continuam os treinos 8-)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A primeira consulta

Estava marcada para as 10 horas.
 
Levantámo-nos cedinho para fazer tudo nas calmas, sem pressas, que para stress já bastava a ansiedade da consulta em si.
 
Às 9,30h já estávamos na fila das Consultas Externas com o postal da marcação em punho.
 
A fila, apesar de longa, avançou muito rapidamente e pouco tempo depois lá estávamos nós à espera que nos chamassem para saber o nosso futuro. Nesse tempo de espera ainda nos rimos a perder, pois o sistema de som da sala de espera era péssimo e era quase impossível perceber o nome e a sala para onde as pessoas eram chamadas, o que levou a situações bastante caricatas!
 
Pelas 9,45h fomos chamados à sala de enfermagem, para a pré-consulta. Fomos recebidos por uma enfermeira (muito simpática devo dizer) que me mediu a tensão arterial, altura e peso e voltamos à divertida sala de espera.
 
Às 10 hora em ponto (!) estávamos a entrar na sala da consulta. Devo dizer que nem em clínicas particulares eu tinha visto tamanha pontualidade! Será que vai ser sempre assim? :-P

A médica que nos esperava era simpática, muito calma, fez-nos várias perguntas sobre a nossa situação enquanto ia tirando apontamentos. Viu com atenção a parafernália de exames, análises, gráficos de temperatura e sei lá o que mais eu levava... Confesso que fiquei agradavelmente surpreendida, não estava à espera que dedicasse tanta atenção a cada exame que fizemos. Na minha cabeça ela iria pedir a histero e o espermograma e pouco mais... Mas não.




Depois de ver tudo e perante os nossos olhares ansiosos lá veio o veredicto:

"Não vejo aqui nada que vos impeça de ter filhos - mas onde é que nós já ouvimos isto antes? - a histerossalpingografia e o espermograma estão normais e os gráficos de temperatura indicam que a ovulação está a ocorrer... (sim, mas então porque raios não acontece nada?!) Na minha opinião a gravidez iria acontecer naturalmente mais dia menos dia, mas... (siiiiim?...) dada a vossa idade, principalmente a sua (olhando para mim, que entretanto já fiz os tão temidos 35) não podemos ficar à espera e vamos ter que dar uma ajudinha à Mãe Natureza."

Yeeess! Ufa! Já a estava a ouvir dizer para irmos para casa tentar mais um ano... Assim sim, já estamos a caminhar em frente! "E então, Dr.ª qual é o passo seguinte?"

"Bem, para já não podemos fazer nada pois vejo pela última ecografia que o Dufine lhe provocou um enorme quisto no ovário e por isso temos que parar com a indução até este quisto desaparecer (bem,confesso que já estava à espera desta, pois já tinha espreitado o relatório da eco. Menos mal, não me mandou tomar a pílula...) Entretanto podem ir tentando pelo método natural."

Conclusão: novas análises, novas ecografias e nova consulta daqui a um mês para eventualmente decidir um plano de intervenção.
 
Ok, mais um mês para quem esperou tanto é canja!



 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Tempo de Espera

O tempo de espera para a marcação da primeira consulta de apoio à fertilidade foi surpreendentemente curto.
 
Depois de a ginecologista ter levado os nossos nomes para fazer a inscrição passaram três semanas até recebermos o postal! Três semanas! E nós que estávamos mentalizados para esperar vários meses...
 
A consulta era dali a dois meses. Fantástico! Tudo estava a correr pelo melhor! Agora era só aguardar...


 
 

Era uma vez...

2010. Eu 32, ele 34. Casamento: dia perfeito, feliz. Vidas estáveis. Empregos estáveis. Está na hora. Paramos a pílula...

2011. Janeiro. Nada. Mas já devia ter acontecido, não? Meio ano não é tempo suficiente? Não, parece que não. Que é normal. Continuem a tentar que a qualquer momento acontece. Ok. Continuamos...

Ciclos. Ovulação. Temperatura basal. Gráficos. Testes. Fase folicular. Fase luteínica. Contagens. Mais contagens. Muitas contagens. Dia 1. Dia 10. Dia 14. Dia 28. Dia 1...

Junho. Nada. Eu 33, ele 35. A primeira amiga engravida. E nós? Nada. Desculpe, Dr.ª mas já não é normal. Muito bem. Vamos estudar o caso...

Análises. Espermograma. Histerossalpingografia. Mais análises. Ecografias. FSH. LH. Prolactina. Estradiol. Progesterona. Análises. 3º dia. 21º dia. Mais análises...

É oficial. Um ano de tentativas sem sucesso. Sofremos de Infertilidade. Diagnóstico: SOP. SOP? Mas eu sempre fui tão regular! Pois, mas as análises não mentem. A segunda amiga engravida. E nós? Nada...

2012. Ovusitol. Análises. Ovusitol. Ecografia. Ovusitol. Análises. Mais Ovusitol? Ok. Vamos dar o passo seguinte. Dufine. Ecografia. Duphaston. Nada. Dufine. Ecografia. Duphaston.Nada. A terceira amiga engravida. E nós? Nada...

Junho. Eu 34, ele 36. Passo seguinte. Vou inscrever-vos na Consulta de Apoio à Fertilidade. Ah!Finalmente! Vamos para lista de espera para a primeira consulta...

E agora? Duas vidas suspensas, à espera de um milagre...